domingo, 25 de julho de 2010

Se nosso coração só serve pra bombear sangue, se tudo o que pensamos se dá em nosso cérebro, por que será que dói lá dentro do peito nessas tardes cinzas??? Que dor, viu?! Consigo não...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Não sabia ao certo como faria, mas preparava-se pra esse momento há tempos. Esperou, esperou, nunca encontrava a hora certa. Quantas vezes imaginou-se, sozinha, sentada a uma mesa de um café ou olhando o pôr-do-sol pensativa. Sua liberdade, há tanto aprisionada, amordaçava-lhe a alma. As vezes tinha vontade de gritar e, no seu íntimo, gritava elouquentemente, em vão, no entanto. Tinha que se libertar e então treinava na frente do espelho dia sim, dia sim também. Seu maior medo era machucá-lo, mas sabia que assim machucá-lo-ia muito mais. Sua vontade de estar sozinha, de estar com outra pessoa, era tanta que se sentia culpada. Enquanto isso, via a vida passando como um filme que mostra suas cenas em uma sucessão de tempo. Sonhava com uma paixão, um amor; invejava os beijos ardentes dos casais no meio da rua; desejava fazer planos, viver uma vida outra. Enquanto isso, vivia a ilusão de que tudo se resolveria... ilusão.

domingo, 4 de julho de 2010

Engraçado como o tempo é relativo. Viu-a uma vez e pouco conversaram. Na noite seguinte, acolhidos sob um lindo céu negro com estrelas vivas, se encontraram e, dessa vez, conheceram-se, brincaram e cantaram. Sentados em edredons sobre a grama, a luz das velas davam o tom ao encontro. Ele tocava violão e, muitas vezes, este era o pano de fundo pro diálogo musical que travavam. A lua tornava tudo mais especial; mostrava-se ao alto, graciosa, cheia, linda, e ambos a olhavam no instante imediatamente antes de cruzarem seus olhares. Embriagados pelo que viviam, como jovens que eram, pouco se importavam no que aconteceria após. Entretanto, o dia seguinte chegava como sempre e ela foi embora, deixando memórias que faziam-no sorrir a toa. Sorriu por muito tempo... não sabia quando a reencontraria, mas aquela noite tinha sido tão intensa que o quando não importava. Conversavam por palavras distantes até que, com um tom de dúvida, ela o abandonou definitivamente. Sofreu um pouco e seguiu sua vida, mas sua lembrança ainda arranca-lhe um sorriso.

E você, mesmo com a mais rápida passagem em minha vida, receberia uma carta linda! Meu reino pra saber o que você sentira naquela noite.
Ele queria escrever cartas. Queria escrever o que sentira por cada um deles. Aquilo tudo era tão vivo e claro em seu coração, que queria mostrar quão importante tinham sido. Sua família, seus amigos, seus amores. Esses últimos, mesmo sem querer, rondavam sua cabeça um pouco mais. Independentemente da duração, 5 anos, 1 ano, 3 meses, 2 dias... uns que nunca aconteceram, outros interrompidos... Não sabia o que achariam e se preocupava com o que poderia causar. No final, não mandou, mas pensou em escreve-las, cada uma delas, para cada um de vocês, seu pequeno pedaço desse coração adormecido.