Assisti o novo filme de Antonio Carlos da Fontoura, Somos tão jovens. Um filme sobre o cenário rock de Brasília, na verdade sobre o Renato Russo. Um filme vívido, dinâmico, ágil, com algumas boas atuações e uma saudade de algo que, no fundo, nunca conheci. Sou de uma geração que nasceu junto com o Aborto Elétrico e era muito jovem para ouvir Legião Urbana em seu início. Entretanto, pouco antes da morte do Renato e mesmo após dela, crescemos aos moldes daquelas músicas.
O grande problema da nossa geração é que não vivenciamos nada (ou quase nada) daquilo que fomentou a formação da banda: a repressão, as influências do punk e pós-punk, o cenário britânico, a ditadura militar ou seus resquícios, a mesmice de Brasília (isso talvez tenhamos visto todos). Acredito que não participar de todo esse movimento criou em nossas cabeças uma ilusão ainda maior sobre tudo aquilo que a banda representara. Talvez não tivéssemos a exata noção de tudo o que as letras significavam, mas vivemos à sombra do maior folclore que essa cidade recém-construída teria.
Impressionava como a banda, questionadora e rebelde, tornou-se triste e melancólica. Uma alma tão sensível muito ferida por esse mundo cruel, tenho certeza. E quantas vezes essas músicas embalaram nossas tardes e noites, seja em rodinhas de violão, seja reclusos na solidão de nossos quartos. Fato é que a Legião talvez tenha sido o que melhor essa cidade teve, atemporal, intenso e breve. Fica aquela saudade no peito e uma lágrima no canto dos olhos.
O grande problema da nossa geração é que não vivenciamos nada (ou quase nada) daquilo que fomentou a formação da banda: a repressão, as influências do punk e pós-punk, o cenário britânico, a ditadura militar ou seus resquícios, a mesmice de Brasília (isso talvez tenhamos visto todos). Acredito que não participar de todo esse movimento criou em nossas cabeças uma ilusão ainda maior sobre tudo aquilo que a banda representara. Talvez não tivéssemos a exata noção de tudo o que as letras significavam, mas vivemos à sombra do maior folclore que essa cidade recém-construída teria.
Impressionava como a banda, questionadora e rebelde, tornou-se triste e melancólica. Uma alma tão sensível muito ferida por esse mundo cruel, tenho certeza. E quantas vezes essas músicas embalaram nossas tardes e noites, seja em rodinhas de violão, seja reclusos na solidão de nossos quartos. Fato é que a Legião talvez tenha sido o que melhor essa cidade teve, atemporal, intenso e breve. Fica aquela saudade no peito e uma lágrima no canto dos olhos.
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